quarta-feira, 30 de maio de 2012


Prazer & Sexo

A sexóloga Fátima Protti responde dúvidas das leitoras

Fátima Protti é psicóloga, terapeuta sexual e de casal; pós-graduada pela USP e autora dos livros “Vaginismo, quem cala nem sempre consente" e "Sexo, Amor e Prazer"

"Eu odeio sexo anal"

Fátima Protti: Fazer sexo anal contrariada ou só para evitar uma possível traição é um grande erro

24/01/2012 12:23
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Eu odeio sexo anal, mas é impressionante a tara dos homens por isso. Quando faço, me sinto mal, usada, nada de bom. Se não faço fico insegura, acho que ele vai procurar com outra. Ajude-me com esse dilema! Como fazer isso ser mais prazeroso? Ou deixo pra lá?
Nem todas as mulheres curtem sexo anal. Para boa parte delas, inclusive, a ideia pode ser confusa e provocar repulsa. Esse sentimento surge por diversos motivos: entendem o sexo anal como um ato de submissão; julgam como uma prática anormal e perversa no sentido moral ou religioso; acham que é sujo; sentem medo da dor ou de causar danos ao organismo, como alargamento, perda do controle da musculatura anal e surgimento de hemorroidas – crenças infundadas diante de certos cuidados.

Fazer sexo anal contrariada ou só para evitar que o parceiro busque esse prazer com outra mulher pode detonar uma grande resistência inconsciente. Como resultado pode ocorrer contrações involuntárias da musculatura anal e dificuldade de penetração.

Já tentou e sexo anal não é mesmo a sua praia? Então tenha um conversa franca com o seu parceiro sobre a inviabilidade disso na sua vida. Existem muitas formas de dar e receber prazer. Além disso, o bom sexo não resulta de uma única prática, mas de um conjunto. A insistência por parte dele pode causar desconforto, raiva, evitação e até distanciamento, e isso precisa ser dito.

Você menciona que existe uma “tara” pelo sexo anal, e isso é verdade. Para muitos homens – não para todos – o prazer encontrado no sexo anal é fruto das suas fantasias de conquista, domínio e poder, além da superestimulação local, por ser o ânus um local apertado.
Fazer ou não fazer? Os dois precisam querer, esse é um bom começo. Lubrificantes são altamente indicados e preservativos são indispensáveis – importante: é preciso trocar a camisinha para a penetração vaginal após a prática anal.

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Sobre o articulista

Fátima Protti - delas_amoresexo@ig.com.br - Fátima Protti é psicóloga, terapeuta sexual e de casal; pós-graduada pela USP e autora do livro “Vaginismo, quem cala nem sempre consente" - Site: www.fatimaprotti.com.br

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